Ainda Estou Aqui é um drama biográfico brasileiro de 2024 baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal, destaca a transformação de Eunice de dona de casa a ativista dos direitos humanos, enfrentando os desafios impostos pelo regime autoritário. A produção é uma colaboração entre RT Features, VideoFilmes e Globoplay, com distribuição da Sony Pictures. Desde sua estreia no Festival de Veneza em setembro de 2024, onde recebeu uma ovação de 10 minutos, "Ainda Estou Aqui" tem sido amplamente aclamado. A crítica internacional elogiou especialmente a atuação de Fernanda Torres, considerando-a digna de premiações. O drama explora a comovente história de Eunice Paiva, uma mulher que se transforma de dona de casa a uma notável ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. O filme retrata os desafios emocionais e sociais enfrentados por Eunice enquanto luta para criar seus filhos sozinha, lidar com a ausência do companheiro e buscar justiça em meio a um regime opressor. Baseado no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva, o longa é um retrato íntimo de resiliência e coragem frente às adversidades políticas e pessoais, enfatizando o impacto do autoritarismo nas famílias brasileiras.
O filme venceu o prêmio de Melhor Roteiro no festival e foi selecionado como representante brasileiro para o Oscar de Melhor Filme Internacional. O filme está em cartaz nos cinemas brasileiros desde novembro de 2024 e tem previsão de estreia nos Estados Unidos em janeiro de 2025. Recentemente, Ainda Estou Aqui recebeu indicações ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme em Língua Estrangeira e Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres, cerca de 25 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, ser indicada na mesma categoria.
Ainda Estou Aqui se passa no Brasil, em 1970 e é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. Na trama, uma mulher casada com um importante político precisa mudar sua vida completamente depois que ele é exilado durante a ditadura. A dona de casa se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.
Trinta e cinco anos depois de Feliz ano velho , Marcelo Rubens Paiva traça uma história dramática da luta de sua família pela verdade. Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento obscuro da história recente brasileira para contar ― e tentar entender ― o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.
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